sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Um pouco sobre hoje

 


Boa noite galerinha, boa noite leitor!
Espero que estejam todos bem, como sempre desejei.
Hoje é um post pequeno, sobre o dia de hoje.

Algumas pessoas já viram no post do fb que hoje um simples e curto momento me deixou bem comigo mesmo, logo quando cheguei ao trabalho, após o segurança verificar minha temperatura para ver se eu podia acessar o prédio (ESPN sempre no combate ao COVID) eu falei pra ele que eu sou o cara mais saudável que ele conheceu nessa vida, claro que eu estava brincando, ele riu, inclusive, mas eu me senti muito bem comigo mesmo, muito leve, tranquilo, em paz, senti eu mesmo, coisa que eu não sentia fazia um bom tempo devido a pandemia.
Me chamar de "cara" não me doeu, talvez porque minha mãe não estava por perto, não tinha como eu decepcionada, digo, ela já me aceita, mas no fundo no fundo, todos nós sabemos que toda mãe quer ter a filha que pariu, não vamos mentir e não se deve culpa-las, elas gerando por meses, fazem planos e blá blá blá e antes que vc me pergunte, não, eu não falo com ela sobre isso, na verdade, com ngm da família.

É muito estranho, passei tantos anos da minha vida separando as coisas em dois mundos, o da minha família e o da minha vida pessoal, fiquei tantos anos sem falar sobre minha vida pessoal com a família, que hoje eu me sinto incomodado se tiver que falar alguma coisa, acho que fiquei tanto tempo separando as coisas achando que "protegia" a família que agora mesmo que eu queira juntar tudo e todos, acho que é tarde demais, acho que vai ser dois mundos diferentes para sempre.

Eu sempre sonhei em arrumar uma namorada, que se desse bem com a minha mãe, primeiro pq minha mãe é a pessoa mais importante em toda a minha vida e para sempre e segundo, pq seria tão legal traze-la em casa para almoçar em família no domingo, ou passar o final de semana com a gente.
Se for de outra cidade, vim passar uns dias com a gente, fazer planos divertidos e claro, deixar a particularidade para a noite (risos) brincadeirinha.
Mas é isso, me sinto incomodado só de pensar em falar de paixão e amor, de relacionamento ou qualquer coisa do tipo com qualquer pessoa da família, acho mais fácil eu me dar bem com a família dela do que eu me abrir sobre isso com a minha família.
Quem sabe um dia as coisas mudem, eu me abra novamente, eu não sei, vamos ter que esperar pra ver.
Ou mais fácil ainda, pode ser que eu nunca namore, que eu nunca me meta em um relacionamento, então não precisaria lidar com isso, essa é a verdade.

Enfim, gostei muito de ir trabalhar hoje, lá é o lugar em que eu mais me sinto eu mesmo.
Mais me sinto livre, em paz, tranquilo, sabe?
Espero que meu emprego lá dure mais alguns anos, pq eu simplesmente não me vejo em nenhum outro lugar fazendo nenhuma outra coisa, se não na ESPN dando assistência aos administradores e os demais departamentos.

Mas como nem tudo é flor que se cheira, aconteceu algo que me deixou com uma pulga atrás da orelha.
Eu tive que ir de táxis em um fornecedor compras lâmpadas e alguns outros materiais para a empresa.
Meu parceiro, Diego, chamou o táxis para mim no aplicativo, pq eu, gênio, nem sei qual meu login rs.
Enfim, entrei no carro.
Sempre tem aquelas perguntas que todo motorista faz né e sem perceber, mas sem perceber mesmo, afinei mais ainda a voz e fiz alguns movimentos femininos, tanto na ida, quanto na volta, eu não sei se foi meu subconsciente com medo de pegar um desses motoristas transfóbicos e acabar apanhando ou se era medo de ir para algum lugar sozinho sem ngm conhecido e tal, só sei que de uma maneira ou de outra foi alguns belos passos para trás nessa luta interminável e ridícula.
Eu amo minha casa, eu amo a minha família, mas sinceramente, acho que essa pandemia está me fazendo mais mal do que bem, é super confortável trabalhar em casa e ainda ter a família por perto, mas não me sinto eu sendo eu mesmo aqui, meio que me sinto em uma gaiola, preso, onde meus donos querem que eu cante o dia todo.

Amo estar em casa, por exemplo, hj estou adorando que é sexta, amanhã além de dormir um pouco mais, comprarei cervejas e tomarei escutando música dor de cotuvelo ou infantil. Vou descansar. Vai ser bom, mas lá no trampo é bom tbm. Lá me chamam no masculino, respeitam meu nome, uso o banheiro masculino e sabe o que é mais esquisito? Me incomoda se minha mãe me tratar como filho e eu não sei explicar o motivo, acho que prefiro que ela fique projetando essa ideia do que poderia ter sido ou se está vendo de outro jeito...

Só sei que essa mistura pandemia com a novela A força do querer não está sendo nada bom, eu tenho tido mais dias baixos do que altos, o bom é que aprendi a disfarçar bem aqui em casa, assim ngm fica me perguntando o que eu tenho, alguns amigos, mas bem poucos mesmos, que da pra contar na mão, que nem precisam perguntar se estou bem, pq simplesmente sabem quando não estou e não insistem em um pq, alias, no fim, nem eu sei direito explicar, talvez por querer estar em 2 lugares ao mesmo tempo, sei lá.

Enfim, eu disse que o post seria pequeno e já falei mais do que a boca.
Então vou encerrar por aqui, mais uma vez, foi apenas um desabafo.
Se cuidem amiguinhos, se protejam e curtam o final de semana.

Um abraço,

Pedro.

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